
Faculdade reúne empresas de tecnologia para lançamento de novas metodologias de ensino e aprendizagem
Na última quarta-feira (23), a Faculdade Imaculada Conceição do Recife (FICR) realizou o pré-lançamento das novas metodologias de ensino para os cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Sistemas para Internet. O evento contou com a participação de docentes e representantes de empresas de tecnologia de Recife. Os cursos passam a fazer uso da nova metodologia já neste semestre.
O coordenador dos cursos de tecnologia da FICR, prof. André Melo, relata que a implantação da metodologia híbrida, desenvolvida em parceria com diretor acadêmico, prof. Ernandes Rodrigues, representa um marco no ensino do Brasil.
“A integralização entre esses dois cursos tecnológicos, conhecida no mercado como FullStack, oferece uma nova especialização profissional que atende a uma especificidade muito buscada pelas empresas”, declara.
Com a metodologia híbrida, o aluno poderá fazer duas formações no tempo hábil de uma. Outra novidade é a aprendizagem por meio das competências, não tendo mais o ensino a partir de disciplinas.
“A avaliação por competência é fantástica. Precisamos de um profissional mais proativo e com um bom relacionamento interpessoal. Esse perfil sendo formado dentro da academia contribui muito com o mercado de trabalho”, comenta Wilayne Martins, profissional de RH da Accenture, empresa global de consultoria de gestão, Tecnologia da Informação e outsourcing.
A nova proposta atua na construção de uma educação disruptiva, baseada na filosofia da cultura maker, que tem como pano de fundo os princípios da gamificação e outras metodologias.
O objetivo é preparar o estudante para ser mais analítico, pautado em resolução de problemas, capaz de enxergar a empresa pelo viés de negócios e com a inteligência emocional.
“Nosso modelo se diferencia de tudo o que já foi feito até hoje, pois oferece ao estudante a oportunidade de trabalhar e desenvolver o seu protagonismo profissional e pessoal, preparando-o para os desafios que enfrentará na vida e no mercado profissional”, completa o coordenador dos cursos de tecnologia da FICR.
FICR – Pioneirismo em metodologias ativas
A FICR foi a primeira instituição da UBEC a adotar esse novo modelo metodológico. O processo de implantação foi iniciado em 2017, passando por 7 fases que envolveram: formação continuada docente; curso piloto aos estudantes; experimentação em sala de aula; investimento em infraestrutura; implantação da metodologia híbrida nos cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Sistemas para Internet e implantação das metodologias ativas no curso de Direito e em Engenharia da Produção – com a utilização de storytelling e aprendizagem por projetos e por problemas.
O professor, assume o papel de orientador, trazendo experiências e competências para transformar a vida do estudante. O impacto disso é uma aprendizagem mais personalizada e significativa.
Para o diretor acadêmico da Faculdade, prof. Ernandes Rodrigues, esses novos métodos de construção do conhecimento diminuem a desigualdade entre teoria e prática e permitem que o aluno aprenda o que é realmente essencial no mercado. “Os alunos saem da condição de ouvinte e são estimulados a serem protagonistas do processo de ensino aprendizagem, inseridos dentro da realidade em sua área de atuação por meio de simulações, resolução de problemas, desenvolvimento de projetos, narrativas digitais”, relata.
Gameficação e outras metodologias
Prof. Ernandes explica que as metodologias ativas têm se mostrado excelentes aliadas no engajamento estudantil, a exemplo da gameficação. “Esse é um exemplo que leva o estudante a se inserir no contexto da vida real”.
Atuando sempre em conjunto com outras metodologias preponderantes, a gamificação se utiliza de recursos lúdicos – com desafios, narrativas, dilemas morais, pontuações, personagens e cenários – para conduzir os estudantes a uma situação real dentro de um ambiente ficcional permitindo-lhes errar sem as consequências do mundo do trabalho.
Prof. Ernandes explica que muitas instituições de ensino superior do Recife atuam por meio de metodologias ativas, utilizando PBL (Aprendizagem Baseada em Problemas) ou inserindo aprendizagem por projetos nas práticas docentes. Entretanto, a maioria trabalha com aprendizagem compartimentada em disciplinas e um projeto para integrar os conhecimentos.
“O modelo adotado pela FICR para os cursos de Análise e desenvolvimento de sistemas e sistemas para internet conduz os estudantes a uma aprendizagem por meio das competências, não tendo mais o ensino a partir de disciplinas. Esse é o nosso diferencial”, declara o diretor.
A meta da FICR é implementar as metodologias ativas de forma institucional em todos os cursos autorizados e em funcionamento até 2020, consolidando o modelo até 2022.
Estão previstas mais de 10 novas formações para os docentes da FICR até 2020, dentre elas: a certificação Google, ensino por competência, avaliação formativa e continuada e diversas metodologias ativas.
Comunicação UBEC- Nívia Cerqueira