
Foto: UBEC / Arquivo
A cocriação de conteúdo, pelo entrosamento entre professores e alunos, é um dos maiores ganhos que a plataforma Blackboard Mobile Learn traz para a rotina das instituições de Educação na avaliação do gerente de comunicação e marketing da Universidade Católica de Brasília, Fernando Antunes Abreu.
Considerado entre os professores que mais consumiam os recursos da Blackboard em outra instituição, ao chegar na Católica, Antunes estranhou a baixa utilização do recurso entre a comunidade acadêmica, mesmo estando totalmente à disposição de estudantes e docentes. É possível utilizá-la no telefone celular e ganhar muita mobilidade, basta fazer o download do aplicativo. O pessoal ainda parece tímido diante da plataforma, mesmo estando listada entre a utilizada por alunos e professores de universidades de grande reconhecimento mundial como Columbia, Cornell, Princeton e UCLA, constata Antunes. Ao concluir que poderia estar havendo algum complicador na operação de ativação, em parceria com o Professor Weslley Rodrigues Sepúlvida, da equipe do Ambiente Virtual de Aprendizagem e Assessor do curso Análise e Desenvolvimento de Sistemas da UCB, foi desenvolvido um aplicativo para orientar o usuário a aproveitar todos os recursos que a mobilidade da plataforma Blackboard Mobile Learn permite.
Canal a mais – “Carregar a plataforma no celular é um facilitador para o professor também, seja para receber materiais da instituição e dos alunos, fazer correções, elaborar provas e exercícios online, além de promover fóruns de debates e provocar situações interessantes com esta dinâmica de interação. É um canal a mais de comunicação e que aproxima aluno e professor”, resume.
Fernando conta que já experimentou os benefícios da ferramenta até em viagens, porque pode resolver várias situações sem precisar carregar papel nem o computador. Com Weslley ele constatou que se os alunos e professores fizessem o download do Blackboard Learn Mobile, as aulas presenciais contariam com este apoio efetivo e todos teriam mais mobilidade. Foi então que decidiram produzir um vídeo tutorial para estimular a utilização deste facilitador pelo celular. É o tutorial que você pode assistir aqui e já sair usando. O mesmo orientador foi produzido de forma personalizada para todas as Instituições de Ensino Superior da UBEC, o Unileste (MG), a Faculdade Católica do Tocantins e a Faculdade Católica de Recife. Aproveite e baixe a plataforma Blackboard agora e já comece a se beneficiar desta interação. Siga o passo-a-passo do tutorial aqui: https://www.youtube.com/watch?v=80nEc7UKoCE
Leitura clara – Liberar o acesso à plataforma via smartphone demonstra que a Blackboard tem uma leitura clara de como as pessoas estudam hoje, diz o professor de Tecnologias Educacionais da Católica do Tocantins, André Pugliese. Um curioso sobre este ambiente, como se considera, ele observa que, antes se pensava em sala de aula como espaço de aprendizagem. Agora, mesmo não se tratando de ensino a distância, de qualquer lugar, com internet, é possível estudar na medida em que há uma transposição possível para ambientes virtuais como este.
O professor do Tocantins destaca que um recurso importante da Blackboard é o professor ter total controle sobre informações como o acesso dos alunos aos ambientes, o que confere capacidade de gestão no processo de ensino e aprendizagem: sei quantos alunos acessam os conteúdos, quem baixou o material, quem respondeu, quanto tempo ficou conectado. “Permite-nos ainda vivenciar a ubiquidade, a capacidade de estarmos em todos os lugares ao mesmo tempo. É como se a instituição estivesse com o aluno onde ele estiver, proporciona um relacionamento mais profícuo“, sublinha.
Esse aspecto também é citado pelo professor de web designer e coordenador do curso de Sistemas para Internet da Faculdade Católica de Recife, Flávio Dias. Há seis meses, a Blackboard era usada somente para os cursos de Sistemas e de Recursos Humanos, recentemente foi expandido para Administração e Direito. Até tivemos receio sobre uma resistência que não aconteceu, conta e explica, “a plataforma é muito intuitiva, poderosa e de fácil usabilidade”. Temos um desafio a partir daqui, porque o primeiro período foi de ambientação. Na avaliação de Fábio, o ambiente digital onde são hospedadas aulas, links, power points e matérias de aula dos professores, vai dar o segundo passo e começar a apresentar mais atividades interativas. Ele conta que os professores começam a ser provocados a criarem situações que gerem nos alunos gosto de participar, agregando às aulas vídeos, entrevistas gravadas por telefone mesmo, pequenas videoconferências, palestras e disponibilizar ainda que com produção caseira, desde que criativa e com conteúdo interessante. Vamos pensar em design instrucional para a plataforma junto com os usuários.
Biblioteca enorme – Outra vantagem da plataforma citada pelo professor de Recife é a biblioteca adquirida pela UBEC com acervo enorme para ser sugerido aos alunos. “Só de tecnologia encontrei mais de 850 títulos. Isso agrega valor. Como docente, estou muito satisfeito. Agora, é consumir efetivamente os recursos oferecidos”.
Flexibilidade da plataforma, permitindo ao professor articular diferentes objetos de aprendizagem como vídeos, poadcasts, textos onlines e o acesso à biblioteca, são benefícios elencados pelo professor Pugliese igualmente. “A Ubec paga caro para permitir o acesso a esta biblioteca onde encontramos muitos livros digitais disponíveis aos alunos. Poder articular tudo isso e disponibilizar no telefone dos alunos é uma maravilha”, diz o especialista em hipertexto da Católica do Tocantins.
Os fóruns que permitem ao aluno uma participação ativa do processo de construção de saberes na medida em que se posiciona e argumenta, passando a ser protagonista do processo de ensino e aprendizagem, é também festejado pelo mestre do Tocantins.
Quem recebe – Os alunos vibram com a expectativa de novas formas e ambientes de aprendizagem. Com acesso há um ano à plataforma, alguns curiosos já mexeram em tudo e esperam mais ousadia dos professores para os próximos semestres.

Foto: Unileste / Arquivo
Aluno do 6º período de Publicidade e Propaganda no Unileste (MG), André Barros Rocha, acredita que aulas mais interessantes o aguardam antes de se formar, porque “dá para avançar bastante nas alternativas de utilização dos recursos da Blackboard”. O mesmo sentimento tem Eliezer Lacerda, aluno do 5º semestre de jornalismo da Católica de Brasília.
A professora Fabrícia Souza Teixeira, das faculdades de Ciências Contábeis e Administração do Unileste, declara animada com os recursos que na parte teórica da contabilidade, “brinca” mais com a plataforma. “Já consegui fazer grupos bacanas dentro da plataforma, para gerar discussão, mas os alunos o utilizaram como repositório e postaram os trabalhos prontos sem debate”, ressente-se. Ela planeja atividades que incrementem a cultura de consumo do Blackboard em 2016 onde avalia que para ser efetivo, o aluno precisará sentir a necessidade de participar, ter consciência e ser cobrado pelo professor. Fabrícia acredita que a implantação da nova matriz curricular no Unileste poderá dar apoio a este ambiente, porque metodologias ativas vão estar presentes e então “vamos instigar o aluno a buscar links interessantes de bibliografias e outros conteúdos. Acredito que vai ser um período de crescimento na utilização da plataforma”.
Fácil e vigilante – Os dois alunos, desde o primeiro momento, viram a Blackboard como um ambiente mais moderno para estudar, fácil de aprender e navegar.
Um dos aspectos que mais chamou a atenção do aluno do Unileste é que a plataforma possui um sistema de alerta de arquivo plagiado e grifa os trechos que já existem na internet nos trabalhos dos alunos. “É um recurso que facilita o trabalho do professor também“, comenta ao relatar que frequentemente ouve, no campus, colegas e professores comentando descobertas na Blackboard. Foi o caso do aplicativo para o smartphone. André conta que foi o primeiro da sua sala a fazer o download e comunicou para todos.
Por outro lado, ele acredita que será difícil migrar a integração da turma existente no Facebook para o Blackboard se a iniciativa não partir dos professores. “Hoje, os professores mandam avisos para postarmos arquivos no Facebook ainda”, diz.
Uma das vantagens de usar o aplicativo no celular é que recebemos notificação sobre existência de mensagens. Então, podemos ganhar muita agilidade. Posso mandar para a faculdade arquivos hospedados em nuvem de onde eu estiver, deixa a dica.
A professora Fabrícia concorda que o aplicativo da plataforma no celular é um ótimo recurso de comunicação também entre o corpo docente. “O coordenador do curso posta avisos e recebemos a notificação automática, agiliza tudo”, diz. Além disso, ela vibra com o imediatismo com que pode atender demandas dos alunos via telefone. “Eles postam a questão no fórum para a conclusão de um trabalho, posso dar a orientação e imediatamente completam o raciocínio, não precisam esperar o encontro presencial para resolver estas situações”, comenta.
Na prática – A interface dinâmica da Blackboard é o ponto que conquistou Eliezer Lacerda junto com o volume de ferramentas de interação em relação à plataforma anterior e o design moderno. Contudo, ele observa que os professores ainda não desenvolveram muita intimidade com a nova plataforma e alguns alunos reagem à mudança, o que neste momento, vê como “cenário natural”.
Diferente de André, Eliezer participa de fóruns com frequência na Católica de Brasília. Uma das situações que o futuro jornalista acha curiosa e já absorve como tática para criar disciplina na sua vida em uma redação é o fato de que “quando o professor demanda uma tarefa e estipula o deadline, quem não postar o material no espaço dedicado a isso na plataforma, terá que negociar a entrega, porque o fórum se fecha”.
Ainda estou descobrindo a Blackboard, são muitos recursos, não vivenciei uma situação de cocriação, confessa Eliezer que fez o download da plataforma para o celular em meados de novembro e está em processo de ambientação com a companhia constante da faculdade no seu bolso.